Eu gosto de ti e tu não gostas de mim porquê?!

Existem pessoas que coleccionam relações frustradas e de curta duração.

Todos sabemos que o modo como as relações afectivas se desenvolvem, mudou muito nas últimas décadas. Noutros tempos, um envolvimento sexual era o culminar de todo um percurso, muitas vezes longo, de conversas, jantarinhos e troca de promessas ....

Hoje, algumas pessoas acham que as relações entre um casal são ao contrário, ou seja, começam pela relação sexual e, depois disso é que pode haver, ou não, um estreitamento de laços. Certo é que muitos encontros não passam da primeira noite. Outras duram um pouco mais até que, subitamente, tudo acaba.

Depois é sempre difícil de aceitar e, sobretudo, compreender o que se passou, o que correu mal?

Afinal, se não houvesse interesse, porque é que ele teria falado da sua infância, dos seus traumas da adolescência, na ex-namorada ...as dúvidas amontoam-se e as respostas não chegam para tapar o buraco que se vai abrindo no peito.

A rejeição dói, danifica a auto-estima e condiciona o futuro, em termos afectivos. Num primeiro momento, passada a fase da perplexidade, surge a raiva.
Raiva contra o outro, aquele que nos enganou, que nos fez ver coisas que não existiam, que permitiu que erguêssemos castelos no ar que se estatelaram no chão.

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