Cigarros electrónicos mantêm o vício e são prejudiciais
Económico com Lusa
Os cigarros electrónicos vendidos na Internet e apresentados como eficazes para deixar de fumar são prejudiciais à saúde, mantêm a dependência e funcionam como um aliciante para os mais novos começarem a fumar.
"Os cigarros electrónicos mantêm a dependência e começam a ser relatados efeitos negativos na saúde de quem os consome, além de que são caríssimos. São um pequeno brinquedo de luxo para países ricos e discriminatório socialmente para os países mais pobres", afirmou à Lusa Luís Rebelo, presidente da Confederação Portuguesa de Prevenção do Tabagismo.
O responsável alertou ainda que o facto de muitos destes cigarros estarem disponíveis com diferentes sabores adocicados, como o chocolate, pode funcionar como um aliciante para crianças e jovens se iniciarem no tabagismo, já que "produtos aditivos com sabor e cheiro melhoram a capacidade de fumar para quem está a começar".
A própria Organização Mundial de Saúde (OMS) já havia esclarecido que não considera os cigarros electrónicos como um sistema de ajuda ao abandono do tabagismo e que os mesmos contêm aditivos químicos que podem ser tóxicos.
Questionada sobre o mesmo assunto, a autoridade nacional do medicamento respondeu que o "cigarro electrónico indicado para desabituação tabágica, e caso se enquadre na designação de medicamento, deverá ser classificado como medicamento e a sua qualidade, segurança e eficácia avaliadas pelo Infarmed", antes da sua disponibilização no mercado.
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